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Efeito de flutuação de texto ...:::JOÃO VITHOR E NICOLE:::...
Fórmulas especiais gratuíta é um direito da criança.
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quarta-feira, 9 de julho de 2025

Quando a ética é esquecida e o poder vira arma

 Há profissionais que não buscam justiça, mas apenas poder  e fazem qualquer coisa por ele. Invadem a privacidade, manipulam fatos, acessam exames médicos diretamente no laboratório da própria empresa sem qualquer autorização da família e  o mais grave  transformam a escuta terapêutica em instrumento de acusação.

Sim, até isso me aconteceu. A psicóloga da própria empresa, com quem conversei em momento de vulnerabilidade, usou falas minhas, ditas durante sessões de terapia sobre minha filha, como material para um processo. Rompeu com um dos pilares mais sagrados da profissão: o sigilo. E com isso, transformou a confiança em arma, e o cuidado psicológico em exposição cruel.

Quando uma advogada tenta descredibilizar uma mãe por ser autista, e uma psicóloga quebra o sigilo profissional para sustentar essa narrativa, não estamos falando apenas de infrações éticas, estamos falando de violência institucional. Capacitismo, abuso de poder e violação de direitos fundamentais.

O que mais me choca não é o que foi feito é a naturalidade com que tudo foi feito. Como se atravessar fronteiras legais e morais fosse rotina, desde que se tenha um “objetivo maior”. Mas que tipo de objetivo justifica o uso da dor de uma mãe e da fragilidade de uma filha como argumento jurídico? Nenhum.

Não, não é o poder que corrompe. É o vazio de caráter que transforma o poder em arma. Títulos, cargos, diplomas... não dizem nada sobre integridade. Ética não se aprende em faculdade. E respeito não se exibe com crachá, se prova com humanidade, com empatia e com verdade.

Como mãe, como mulher autista e como cidadã, me recuso a me calar diante dessa violência encoberta por cargos e aparências. Porque quem tem princípios, não silencia frente ao abuso se levanta e denuncia.

domingo, 6 de julho de 2025

Quando a Justiça se Torna Injusta

Analisando tudo o que vivi nos últimos anos, na dura jornada por justiça para garantir o direito à vida da Nicole, percebi algo doloroso: algumas pessoas parecem se graduar não para defender o bem, mas para se tornarem ceifadores de vidas.

Eu entendo que toda situação tem dois lados e que todos têm direito à defesa. Mas é preciso haver um limite, especialmente quando o que está em jogo é o bem mais sagrado: a vida.

É uma sensação de incredulidade. Pensar que alguém, sendo pai ou mãe, possa sair de casa para defender uma empresa e, com total leviandade, sustentar que uma pessoa não merece viver. Como essas pessoas conseguem depois encarar seus filhos, aqueles a quem deram a vida e ainda se sentirem bem-sucedidas? Que sucesso é esse que destrói famílias, causa dor e contribui para a morte de inocentes?

Nos últimos anos, vi a maldade disfarçada de profissionalismo. Vi pessoas usarem seus cargos, sua formação, sua retórica, não para proteger a verdade ou buscar justiça, mas para prejudicar vidas, tudo em nome do lucro. Enquanto de um lado lutamos com dignidade, com os recursos legítimos que nos restam, do outro lado vemos mentiras, condutas antiéticas e ações criminosas sustentando a frieza de quem não vê rostos, apenas processos.

A luta entre um plano de saúde e um paciente
nunca será justa. Porque quando uma empresa tem como prioridade o lucro, e o paciente luta apenas para viver, já há um desequilíbrio perverso.

E o mais doloroso é saber que existem profissionais que escolhem ficar do lado mais forte, mesmo sabendo que, para isso, precisam silenciar o grito de alguém que só quer continuar existindo.

Essa vivência me ensinou que, infelizmente, nem toda toga protege a justiça. Nem todo diploma representa ética. E nem todo profissional honra a vida. Mas também me fortaleceu para seguir lutando. Porque do lado de cá, onde defendemos a vida com coragem e verdade, jamais estaremos do lado errado da história.