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Fórmulas especiais gratuíta é um direito da criança.
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quarta-feira, 9 de julho de 2025

Quando a ética é esquecida e o poder vira arma

 Há profissionais que não buscam justiça, mas apenas poder  e fazem qualquer coisa por ele. Invadem a privacidade, manipulam fatos, acessam exames médicos diretamente no laboratório da própria empresa sem qualquer autorização da família e  o mais grave  transformam a escuta terapêutica em instrumento de acusação.

Sim, até isso me aconteceu. A psicóloga da própria empresa, com quem conversei em momento de vulnerabilidade, usou falas minhas, ditas durante sessões de terapia sobre minha filha, como material para um processo. Rompeu com um dos pilares mais sagrados da profissão: o sigilo. E com isso, transformou a confiança em arma, e o cuidado psicológico em exposição cruel.

Quando uma advogada tenta descredibilizar uma mãe por ser autista, e uma psicóloga quebra o sigilo profissional para sustentar essa narrativa, não estamos falando apenas de infrações éticas, estamos falando de violência institucional. Capacitismo, abuso de poder e violação de direitos fundamentais.

O que mais me choca não é o que foi feito é a naturalidade com que tudo foi feito. Como se atravessar fronteiras legais e morais fosse rotina, desde que se tenha um “objetivo maior”. Mas que tipo de objetivo justifica o uso da dor de uma mãe e da fragilidade de uma filha como argumento jurídico? Nenhum.

Não, não é o poder que corrompe. É o vazio de caráter que transforma o poder em arma. Títulos, cargos, diplomas... não dizem nada sobre integridade. Ética não se aprende em faculdade. E respeito não se exibe com crachá, se prova com humanidade, com empatia e com verdade.

Como mãe, como mulher autista e como cidadã, me recuso a me calar diante dessa violência encoberta por cargos e aparências. Porque quem tem princípios, não silencia frente ao abuso se levanta e denuncia.

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